1 - Você começa a escrever com um vislumbre do clima, atmosfera, ambiente,
ou tudo acontece no "escrever" mesmo?
R: Eu começo a escrever com vislumbre, atmosfera, ambiente,música
selecionada para o capítulo e personagens enchendo o saco para serem escritos
logo... Eu só "escrevo" mesmo no começo, depois de a história pronta
mentalmente, ai eu já tenho um ritual, onde eu sento para escrever com música
ou com algumas leitoras selecionadas para ja comentarem sobre o assunto.
2 - Há escritores que reescrevem sempre o mesmo
livro? Temendo isto, você muda de gênero como troca de camisa?
R: Sim, acontece... temos o Nick Sparks e a Agatha para provar isso. Eu mudo de gênero de acordo com a história
que tenho em mente, não por medo de ser
taxada de "monogênero". Adoraria ser "monogênero", mas os
meus personagens não permitem.
3 - Falemos de cama: adormecendo lhe vem uma ideia, deixa para pensar no dia
seguinte ou levanta-se de um salto, alucinado?
R: Geralmente pro dia seguinte , pois a preguiça me domina quando eu deito.
Então por isso , passo a maior parte do tempo no pc para aproveitar as ideias.
4 - Seus julgamentos de valor são influenciados pelo calor da hora ou
você mantém um distanciamento crítico?
R: Eu analiso muito a situação antes de opinar ou julgar... Sempre fui
assim.
5 - Sentimentos negativos como ódio, ciúme, inveja, vingança são motores bem
regulados para a criação de uma obra?
R: Não no meu caso, eu gosto que os sentimentos se aflorem ao máximo ,
cheguem ao limite. Dependendo da emoção eu interpreto a ação sozinha,
justamente para captar exatamente o que eu desejo passar. A vantagem é que o
maior elogio que eu recebo é com relação a conseguir passar emoção em meus
textos.
6 - O que faz quando sente que uma personagem lhe escapa?
R: Escuto a música do personagem para ele encorporar novamente ahahahaah.
7 - Quando percebe, porém, que a personagem está fraca, que as ideias estão
murchas, você recomeça ou adota a ironia em relação a elas
R: Eu me forço a continuar.
8 - Cercado de baixo-astral por todos os lados, insiste em escrever
porque...
R: Porque eu tenho hoje apoio da minha família , do meu namorado e dos meus
leitores que é o principal para mim. Pode vir baixo astral chumbo grosso, pois
eles são a armadura que me sustenta e nada me abala.
9 - A técnica é tudo, nada, meio caminho andado? Aliás com quem aprendeu?
R: Meio caminho andado. Com quem eu aprendia a escrever... foi com a tia da
pré - escola Ahahahahaah.
10 - Escrever é só inspiração?
R: 99% transpiração e 1% inspiração.
11 - Quando atacado pela preguiça, como você consegue combatê-la?
R: Não consigo ahahahahaha , eu sempre a deixo me dominar.
12 - Quando inicia um texto sabe antecipadamente seu conteúdo?
R: Sim.
13 - Tem algum escritor em que se
espelha?
R: Eu não me espelho ,mas ela me inspira por não ter desistido de ser
escritora. O nome dela é Nana Pauvolih.
14 - Um escritor está sempre absolutamente consciente do que faz?
R: Eu não ahahahaha, conheço muitos também que não estão conscientes
também.
15 - Qual foi o seu primeiro e decisivo ato literário?
R: Uma cena de
conversa da minha protagonista do Livro A Chance com a mãe dela, foi ali ,
mudando de certa forma o jeito como as pessoas encaravam , tinha um
preconceito, que eu vi que seria uma escritora.
16 - Quando começou a escrever, já fazia planos de seguir carreira?
R: Não ahahahaha. Eu estava me formando em Administração que era uma coisa
que eu sempre quis a vida toda. Mas ai a escrita danadinha veio e tomou o lugar
da Administração.
17 - Em caso de dúvida, impasse, descrença, você se aconselha com quem?
(amigos, editor, leitor beta, etc)
R: Depende... geralmente no Erick, meu namorado, pois ele acompanhou tudo
desde o começo e de uma amiga nossa, Ana. Mas eu consulto também leitoras,
familia, editora ( Agradeço a Cris por todas as respostas no Whats!!)
18 - Música de fundo e café são indispensáveis?
R: Música de fundo sim, café não.
19 - Afinal qual o prazer do texto?
R: É o misto de emoções e sensações que você tem lendo ou escrevendo em
algumas paginas... Em um capitulo você pode começar odiando o personagem e ao
final desse mesmo capitulo amando o personagem... É algo único.
20 - Para você como é escrever?
R: É algo
indimensionável. Eu realmente me sinto livre quando escrevo, pois a escrita te
permite fugir das amarras do preconceito, você se torna um ser imparcial ,
apenas conduzindo a história para as outras pessoas. A sensação mais
predominante é a de liberdade pura e plena.
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